Porque Hostel é Assim …

Esqueça hotel, pousada, resort. Se você quer se divertir, ouvir histórias engraçadas, conhecer gente de todo canto e, às vezes, entrar numas roubadas, teu lugar é num HOSTEL. 

 

Dia desses, a gente recebeu um hóspede espanhol aqui. Descobrimos que ele vivia viajando a trabalho e sempre ficava em hotéis de grandes redes mundo a fora. Quando ele veio passar as férias aqui no Brasi, adivinha em que quarto ele quis ficar? Num compartilhado, junto com outras sete pessoas. Ele queria interação, conversa, contato.

 

Um hostel proporciona experiências que nenhum outro lugar, nem de longe, vai oferecer. Por vários motivos. Os hóspedes têm a oportunidade de conhecer gente de todo lugar do mundo, falar inglês, francês, espanhol, alemão, mandarim. Têm chance conhecer culturas, provar comida diferente. Numa época em que se fala muito de Economia Circular, de modelos de compartilhamento de coisas e espaços, se hospedar num hostel é um grande aprendizado. A geladeira compartilhada é um belo exercício de respeito pelo que é do outro. Cada comida tem uma etiqueta com o nome do hóspede e ninguém toca no que não for seu. Agora, o que tá sem nome, é da galera. É uma lei e ninguém ousa quebrar.

 

 Na cozinha compartilhada, rolam os papos mais incríveis. Não é exagero dizer que os jantares são quase terapêuticos. Não é porque é nossa casa, mas esse lugar é uma delícia. Sabe aquele clima de casa, de colocar mais água no feijão quando chega uma visita na hora do jantar. É mais ou menos assim que acontece. A galera vai chegando e o miojo bem sem graça vira uma experiência gastronômica onde todo mundo dá palpite e se diverte.

 

 Hostel também é recheado de histórias. Quem vier aqui no Madá vai perceber de cara que a casa tem um astral de praia e temos até uma prancha que hoje é uma peça de decoração. Ela foi doada por um alemão que comprou a prancha quando desceu pra praia, mas não tinha como levar pra casa. Deixou aqui com a gente. Já ouvimos que nosso hostel parace a casa de praia da família. Quando você chega reconhece algumas pessoas, mas têm outras novas, que são amigos dos amigos, de um primo, ou daquela tia que nunca aparece.  

 

As pessoas se sentem em casa mesmo. Bem, às vezes se sentem em casa demais. Certa vez, recebemos um hóspede que tinha uma certa dificuldade em lavar a própria louça. Depois de algumas recomendações, ele entendeu a regra básica de hostel: sujou, lavou.

 

Por falar em compartilhado, o banheiro também é de uso coletivo. Volta e meia, você cruza com um cara de toalha cruzando a sala, uma menina de pijama pela casa. Tá tudo certo, esse clima mais descontraído faz parte do nosso espírito. Descontraído sim, bagunçado, não. É tudo muito cuidado e limpinho. Não somos nós que estamos dizendo, são os nossos hóspedes que deixam registrado nas avaliações. 

 

A gente sempre gostou de receber amigos, de ter a casa cheia, agora temos uma casa pra receber muita gente e ela se chama MADÁ hostel, na Vila Madalena. Venha fazer parte da nossa família. 

 

Patrícia Taufer Zandonai

Jornalista e Hosteleira

By Diogo Zandonai © 2020

By Diogo Zandonai © 2020

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